Marcelo Quelho, novo presidente da CONAJE

O empresário Marcelo Quelho Filho, de Londrina, toma posse como novo presidente da Confederação Nacional de Jovens Empresário (CONAJE) no próximo dia 13, em Brasília. É a primeira vez que um paranaense assume o cargo. O vice-presidente é Lucas Souza, empresário de Goiás.
A solenidade de posse será na sede nacional do Sebrae a partir das 19h. Várias autoridades já confirmaram presença, assim como lideranças empresariais. Entre elas, o presidente da CACB, George Pinheiro, e o da Faciap, Marco Tadeu Barbosa. Além disso, estarão presentes representantes de movimentos de jovens empresários de 26 estados do país. “O Brasil inteiro estará lá”, comemora Marcelo Quelho Filho.
Além da transmissão de gestão, haverá a assinatura do termo de cooperação com o novo mantenedor oficial da CONAJE, o Sicredi Paraná. De acordo com o presidente eleito, a parceria será convertida em projetos focados na inspiração e na preparação de empreendedores. “É o que acontece quando o associativismo e o cooperativismo se unem em prol do jovem empresário brasileiro”, afirma Quelho.
Também no dia 13 haverá uma conversa com todos os ex-presidentes da CONAJE desde a fundação da entidade, em 2000. O Conselho Consultivo se reúne tradicionalmente em período de transmissão de gestão para que haja troca de experiências.
A programação segue no dia 14 de fevereiro com a Assembleia Geral Ordinária (AGO). Será a primeira da nova gestão. E para marcar o início dos trabalhos, haverá uma dinâmica inovadora de clarificação de propósito em que todos os jovens presentes debaterão o real papel da entidade. “Vem antes mesmo do planejamento estratégico. Porque precisamos engajar todos com a real razão da CONAJE existir”, diz o novo presidente.
Na noite do mesmo dia, haverá uma palestra sobre exportação e um jantar em que estarão todas as embaixadas com sede em Brasília. De acordo com Marcelo Quelho, será um momento de networking e de falar de negócios. “Queremos com isso que o jovem entenda de que formas ele pode alcançar o mundo com seus produtos e serviços”.
O encerramento será na sexta-feira, dia 15, em que a diretoria se reúne para dar o start nos trabalhos de 2019.
Marcelo Quelho fundou e presidiu o Conjove da Associação Comercial e Industrial de Londrina (ACIL), já foi presidente da Faciap Jovem, e atualmente exercia o cargo de diretor de negócios da CONAJE. Para ele, os jovens empresários podem causar transformações ainda mais profundas, desde que estejam organizados e tenham representatividade. Leia a entrevista concedida por Quelho à Faciap:

Quais são suas metas para a CONAJE?
A meta é fazer da CONAJE a principal representante do jovem empresário brasileiro. Para que toda vez que ele pensar em procurar quem o representa, ele enxergue a confederação. Além disso, queremos inspirar novos empreendimentos. Mostrar que, mais do que procurar emprego, o jovem pode gerar empregos abrindo novos negócios e criando soluções para problemas do país por meio do empreendedorismo. Acreditamos que o resultado dessa soma de representatividade, inspiração e geração de vagas por meio de novas empresas pode causar um impacto profundo em nosso país.
E quais são os projetos para que essas metas se concretizem?
Estamos desenvolvendo um projeto de educação empreendedora, que envolve não apenas inspiração e capacitação, mas também o acompanhamento da abertura da primeira empresa. Ou seja, queremos que o jovem se apaixone por empreendedorismo, mas também abra um negócio com responsabilidade e planejamento. Por isso, é importante dar suporte e acompanhar todo esse processo. Além disso, está nos planos da CONAJE, por meio da parceria com o Sicredi, a criação de um espaço para funcionar como uma espécie de Academia do Empreendedor. Nesse lugar, o jovem terá contato com marcas que transformaram o país, cases de inspiração, terá capacitação, cursos, workshops, palestras, e vai colocar o conhecimento em prática, já que a ideia é que dentro desse local também funcione uma aceleradora de empresas.
Como você vê o empreendedorismo jovem hoje?
Eu vejo que o jovem nunca teve tanta intenção de empreender. As pesquisas da CONAJE retratam isso: estamos vivendo um dos maiores índices de interesse por empreendedorismo da história. Ao mesmo tempo, a velocidade da tecnologia trouxe uma cultura imediatista, em que alguns jovens acreditam que irão enriquecer com um aplicativo ou uma startup da noite para o dia. É preciso equilibrar isso. Não podemos perder essa oportunidade em que há tantas pessoas com desejo de criar novos negócios, porém, temos que prepará-las. Temos que falar de resiliência e trabalhar a maturidade empreendedora desses jovens.
Há alguma bandeira pela qual a nova gestão pretende brigar?
Uma bandeira da CONAJE que está muito alinhada com todo o empresariado é a Reforma Tributária. Há anos realizamos o Feirão do Imposto para conscientizar as pessoas sobre a carga tributária altíssima que temos no Brasil. Agora, vamos incluir no evento a discussão de uma reforma. Lutar para que a carga tributária brasileira seja repensada e, assim, possamos ver novos negócios surgirem. Não há como um país ser empreendedor quando as pessoas não entendem direito os impostos que pagam. Muitas vezes, não sabem nem como recolher os tributos.
Qual o posicionamento da Conaje em relação ao governo Bolsonaro?
Antes de tudo, o sentimento é de esperança renovada. O governo vai encontrar na CONAJE apoio, mas também vigilância. Estaremos atentos aos passos do governo para que ele não perca a confiança que estamos depositando nesse momento do país.

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